Ginástica de Trampolim
- Gabriel Garcia Borges Cardoso
- 24 de out. de 2023
- 2 min de leitura
O uso da cama elástica para realização de acrobacias nas alturas não é tão recente quanto parece. Alguns historiadores afirmam que em circos da Idade Média já havia apresentações de acrobatas e trapezistas.
Em 1936, quando o professor de educação física George Nissen patenteou a primeira cama elástica e criou regras para as apresentações, a modalidade virou um esporte.

A Ginástica de Trampolim exige do atleta equilíbrio e excelente coordenação motora, saltando sobre uma cama elástica, uma tela elástica na verdade, podendo atingir mais de 7 metros de altura durante seus saltos e acrobacias. A modalidade estreou nos Jogos Olímpicos de Sidney 2000, por homens e mulheres.
O Trampolim, usado nas competições, possui as seguintes dimensões e características:
Comprimento: 5,2 metros;
Largura: 3,05 metros;
Altura: 1,15 metros;
Material: tela de nylon estendida sobre molas e uma estrutura metálica;
Marcações: feitas em vermelho sobre a tela. A zona de saltos é dividida em retângulos e o centro do trampolim tem uma cruz para orientar os ginastas

Como já falamos, os atletas podem atingir grandes alturas durante seus saltos e acrobacias, por isso, a altura mínima do ginásio de competição, é de 8 metros, entretanto a maioria dos ginásios, para garantir segurança, possum cerca de 12 metros de altura.
A ginástica de trampolim utiliza quatro categorias principais de pontuação: execução, dificuldade, deslocamento horizontal e tempo de voo.
Nos Jogos Olímpicos a ginástica de trampolim conta apenas com a prova individual. Entretanto, existem outras modalidades, realizadas em outras competições nacionais e internacionais:
O duplo minitrampolim: um aparelho de dimensões menores, onde o ginasta executa uma corrida antes dos elementos técnicos;
O tumbling, do verbo to tumble (dar cambalhotas, em inglês), em que o ginasta executa 4 passadas com 8 elementos acrobáticos em cada;
Sincronizado: usando a mesma cama elástica do individual, dois atletas, cada um em uma cama elástica separadas por 2m de distância, realizam as acrobacias ao mesmo tempo, tendo como avaliação a sincronia entre os ginastas.

Alguns elementos acrobáticos:
Adolph: mortal para a frente com 3 piruetas;
Back: mortal para trás;
Barani: mortal para a frente com meia volta;
Cody: mortal para trás partindo da posição frontal;
Double full: mortal com 2 piruetas;
Double back: duplo mortal para trás;
Miller: duplo mortal com 3 piruetas;
In: no nome do movimento, indica pirueta no primeiro mortal. O full in, por exemplo, é um duplo mortal com pirueta no primeiro;
Out: no nome do movimento, indica pirueta no último mortal. O full out, por exemplo, é um duplo mortal com pirueta no segundo.
Final do Individual Feminino de Ginástica de Trampolim - Rio 2016
Referências:
COLLI, Eduardo. Universo Olímpico: uma enciclopédia das olimpíadas. São Paulo: Códex, 2004.
FREITAS, Armando; BARRETO, Marcelo. Almanaque Olímpico. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2016.
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